quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Descrição dos deuses e semideuses


Descrição dos deuses e semideuses

Zeus:Zeus, na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho . Além de sua herança obviamente indo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficos derivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o cetro. Zeus frequentemente era mostrado pelos artistas gregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa..Era filho de Cronos e Reia e casado com Hera.Zeus possuia como arma um raio e tomou o poder ao derrotar seu pai, Cronos


Poseidon:Na mitologia grega, Poseidon era o deus dos mares. Representado como um homem forte, com barbas e segurando sempre um tridente. Era filho do titã Cronos e Rea, irmão de Zeus e de Hades.De acordo com a mitologia grega, Poseidon teve várias amantes e com elas vários filhos como, por exemplo, o gigante Órion e o ciclope Polifemo. Poseidon aparece em vários mitos da Grécia Antiga. Num deles, disputou com a deusa Atena o controle da cidade-estado de Atenas, porém saiu derrotado. Num outro mito ajudou os gregos na Guerra de Tróia. Fez isto para se vingar do rei de Tróia que não havia lhe pagado pela construção do muro na cidade.



Hades:É o deus do mundo inferior.Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tanatos, deus da morte.Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra.

Ares: Ares era filho do famoso Zeus e Hera. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada .Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura  (que eles tinham herdado dos etruscos).


Entre os helanos sempre houve desconfiança de Ares. Embora também a meia irmã de Ares, Atenas, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra.

Hércules: Filho de Zeus e da mortal Alcmena.Um guerreiro extremamente forte que era conhecido por ter feito 12 trabalhos:
1 matar o leão de Nemeia
2 matar a Hidra de Lerna
3 capturar o javali de Erimanto
4 capturar a corça de Cerinéia
5 expulsar as aves do lago Estínfalo
6 limpar as estrebarias de Aúgias
7 capturar o touro de Creta
8 capturar os cavalos de Diómedes
9 obter o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas
10 buscar os bois de Gerião
11 buscar os pomos de ouro do jardim das Hespérides
12 capturar o cão Cérbero

Teseu:Filho de Etra e Egeu era um grande herói de atenas e seu nome significava "o homem forte por excelência". Alguns historiadores supõem que ele governou Atenas entre 1234 a.C. e 1204, como consta na lista tradicional dos Reis de Atenas.Ele tambem ficou conhecido na mitologia por ter matado um minotauro.

Perseu: Foi o herói mítico grego que decapitou a Medusa. Perseu era filho de Zeus, que sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou Danae a filha mortal do rei de Argos.Da batalha contra Medusa saiu vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que tal qual num espelho, podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.


Jasão:Foi desalojado do trono paterno por seu tio Telias ou Pélias. Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias envia o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Tosão de ouro da distante Cólquida. Em Argos, Jasão constrói a nau Argo e reúne uma tripulação de heróis, conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelas Simplégadas (o Bósforo), os argonautas chegam à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mar Negro. O rei Eetes da Cólquida exige que Jasão cumpra várias tarefas para obter o Tosão, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brota dos dentes semeados e, por fim, passar pelo dragão que guarda o próprio Tosão. Com o Tosão nas mãos, Jasão foge com Medeia, filha de Eetes, e enfrenta várias aventuras na volta para casa. Medeia trama a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.

Afrodite: Deusa da beleza. De acordo com o mito teogônico mais aceito, Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou seus testículos ao mar, então o semêm de Urano caiu sobre o mar e formou ondas chamadas de (aphros), e desse fenomeno nasceu Aphroditê ("espuma do mar"), que foi carregada pelo mar para Chipre.

Hera: principalmente venerada como deusa protetora do casamento e senhora dos partos e rainha dos deuses Olímpicos, daí também ser conhecida como Olímpia. Era filha mais velha de Cronos e Réia, era irmã e esposa de Zeus, presidia as três fases da vida da mulher: quando donzela, mulher fértil e senhora. Considerada a protetora das mulheres, estabeleceu-se a ligação com as fases da lua às quais o ciclo menstrual da mulher está associado, e em rituais de purificação as mulheres de Samos utilizavam galhos de lygos para estimular o fluxo menstrual na lua nova - manifestação com a qual era venerada nestas ocasiões. Era muito orgulhosa e obstinada e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, sua maior inimiga. Também era ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, como por exemplo, tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê.

Atenas: a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos. A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo.

Cronos: Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice.A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro".Cronos casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus.Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse efeito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os tios Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono, e segundo as palavras de Homero prendeu-o com correntes no mundo subterrâneo

Gaia: Era a deusa da Terra, a Mãe Terra. Gaia parece possuir uma natureza forte, pois gera sozinha, Urano, Pontos e as Montanhas. Hesíodo sugere que ela tenha gerado Urano com o desejo de se unir a alguém semelhante a si mesma em natureza. Isso porque Gaia personifica a base onde se sustentam todas as coisas, e Urano é então o abrigo dos deuses "bem-aventurados".Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs, após, os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades e Afrodite.Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança.Quando Cronos se casou com Réia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Réia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Réia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.Dessa forma a historia continuma quando foi falado sobre Cronos.

Thor:é o mais forte dentre deuses e homens, é um deus de cabelos vermelhos e barba, de grande estatura, representando a força da natureza (trovão) no paganismo germânico, disparando raios com o seu poderoso martelo Mjolnir. Ele é o filho de Odin, o deus supremo de Asgard, e de Jord (Fjorgyn) a deusa de Midgard (a Terra). Durante o Ragnarök, Thor matará e será morto por Jörmungandr. Thor também é chamado de Ásaþórr, Ökuþórr, Hlórriði e Véurr.(Isso se trate da mitologia nórdica)

Isis: foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Osiris: Era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egipto, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.Marido de Ísis e pai de Hórus, era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração.

Seth: É o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.

Odin: Era o maior dos deuses germânicos, governante de Asgard e senhor da magia. Possuía a lança Gungnir, que nunca errava o alvo e em cujo cabo havia runas que ditavam a preservação da lei. Possuía também um cavalo de oito patas chamado Sleipnir.Odin também era o deus da sabedoria. Ele atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria. Ele se enforcou no freixo cósmico, Yggdrasil, para obter o conhecimento das Runas e foi revivido por magia em seguida. Do alto de seu salão Valaskjálf, o ponto mais alto de Asgard, ele se sabia de tudo o que acontecia nos nove mundos, sendo constantemente informado pelos seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), que vigiavam o mundo e contavam tudo o que se passa e o que já se passou.Odin se tornou proeminente no panteão devido ao seu gosto pela batalha. Essa qualidade lhe conferiu popularidade entre os vikings quando eles começaram a atacar objetivos fora da Escandinávia. No salão de sua grande fortaleza, Valhala, ele reunia os abatidos em batalhas. Chamados de einherjar (mortos gloriosos), esses guerreiros eram preservados por Odin para ajudar os deuses na batalha final contra os gigantes no Ragnarok.Já teve diversas amantes e concubinas, mas a sua esposa é Frigga.

Horus: é o Deus dos céus , muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíri. Hórus era filho de OsírisTinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do EgitoApós derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.

Aquiles: Foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Tróia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero.Aquiles tem ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Tróia, assim como o melhor entre eles.Lendas posteriores (que se iniciaram com um poema de Estácio, no século I d.C.) afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem.

Mitologia Grega



Deuses Gregos

Deuses Gregos
Na concepção greco-romana, os imortais classificavam-se em: Divindades primordiais, superiores, siderais, dos ventos, das águas e alegóricas. Abaixo listarei os deuses utilizando a mesma concepção.
Divindades Primordiais:
Geia - Mãe de todos os seres, personificação da terra. Surgiu do Caos e gerou Urano, os Montes, o Mar, os Titãs, os Centímanos (Hecatonquiros), os Gigantes, as Erínies, etc. O mito de Géia provávelmente começou como uma veneração neolítica da terra-mãe antes da invasão Indo-Européia que posteriormente se tornou a civilização Helenística.
Urano - O primeiro rei do Universo, segundo Hesíodo (céu estrelado). Casou-se com Géia, da qual teve os Titãs, as Titânidas, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Urano, por ódio, lançou no Tártaro os Ciclopes e os Hecatonquiros, Géia porém deu uma foice aos Titãs para que se vingassem. Cronos, o mais audacioso deles, castrou Urano e tornou-se o senhor do universo!
Cronos - Filho de Urano e Géia. O mais jovem dos Titãs. Se tornou senhor do céu castrando o pai. Casou com Réia, e teve Héstia, Deméter, Hera, Ades e Poseidon. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Mais tarde Zeus voltou, deu ao pai um remédio que o fez vomitar os filhos, e logo depois o destronou e baniu-o no tártaro. Cronos escapou e fugiu para a Itália onde reinou sobre o nome de Saturno. Este período no qual reinou foi chamado de "A era de ouro terrestre".
Ciclopes - Arges, Brontes e Estéropes. Pertenciam a raça dos gigantes. Forjavam os raios e os trovões para Zeus. Teriam sido mortos por Apolo para vingar a morte de Asclépio. Segundo Homero, porém, teria sido um povo de gigantes rudes, fortes, indiferentes às divindades, dedicados ao pastoreio.
Hecantoquiros (ou Centimanos) - Briareu, Coto e Giges. Gigantes de cem braços e cinqüenta cabeças. Tendo hostilizado o pai, este os mandou pra horríveis cavernas nas vísceras da terra. Participaram da rebellião contra Urano. Quando Cronos tomou o poder, os aprisionou no tártaro. Libertados por Zeus, lutaram contra as titãs. Com a habilidade de arremeçar cem pedras de uma vez venceram os titãs. Briareus era guarda-costas de Zeus.
Titãs - Oceano, Hipérion, Japeto, Céos, Créos e Cronos.
Titanidas - Téia, Réia, Têmis, Mnemôsine, Febe e Téis.
Zeus - O deus supremo do mundo, o deus por excelência. Presidia aos fenômenos atmosféricos, recolhia e dispersava as nuvens, comandava as tempestades, criava os relâmpagos e o trovão e lançava a chuva com sua poderosa mão direita, à sua vontade, o raio destruidor; por outro lado mandava chuva benéfica para fecundar a terra e amadurecer os frutos. Chamado de o pai dos deuses, por que, apesar de ser o caçula de sua divina família, tinha autoridade sobre todos os deuses, dos quais era o chefe reconhecido por todos. Tinha o supremo governo do mundo e zelava pela ordem e da harmonia que reinava nas coisas. Depois de ter destronado o sei pai, dividiu com seus irmãos o domínio do mundo. Morava no Olimpo, quando sacudia a égide, o escudo formidável que lançava relâmpagos explodia a procela. Casou-se com Hera, porém teve muitos amores.
Hera - Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas. A Ilíada a representa como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles, que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos.
Hestia - Deusa do fogo e da lareira.
Demeter - É a maior das divindades gregas ligadas à terra produtora; seu nome significa Terra-mãe. De Zeus teve Perséfone, que foi raptada por Hades. Enraivecida, fez com que a terra se tornasse árida. Zeus, para aplacá-la, obteve de Hades que Perséfone permanecesse quatro meses nos Infernos, junto com o marido, e oito meses ao lado de sua mãe. O seu mito em relação a Perséfone teve lugar nos mistérios eleusinos.
Apolo - Filho de Zeus e de Leto, também chamado Febo, irmão gêmeo de Ártemis, nasceu às fraldas do monte Cinto, na ilha de Delos. É o deus radiante, o deus da luz benéfica. A lenda mostra-nos Apolo, ainda garoto, combatendo contra o gigante Títio e matando-o, e contra a serpente Píton, monstro saído da terra, que assolava os campos, matando-a também. Apolo é porém, também concebido como divindade maléfica, executora de vinganças. Em contraposição, como dá a morte, dá também a vida: é médico, deus da saúde, amigo da juventude bela e forte. É o inventor da adivinhação, da música e da poesia, condutor das Musas, afasta as desventuras e protege os rebanhos.
Artemis - Deusas da caça, filha de Zeus e Leto, irmã gêmea de Apolo. Representava a mais luminosa encarnação da pureza feminina. Eram-lhe oferecidos sacrifícios humanos em tempos antiquíssimos. Deusa da Lua, declinava-se, circundada por suas ninfas, vagar de dia pelos bosques à caça de feras, à noite, porém, com o seu pálido raio, mostrava o caminho aos viajores. Quando a Lua, escondida pelas nuvens, tornava-se ameaçadora e incutia medo nos homens, tomava o nome de Hécate.
Atena - Surgiu toda armada do cérebro de Zeus, depois de ter ele engolido seu primeira esposa Métis. Era o símbolo da inteligência, da guerra justa, da casta mocidade e das artes domésticas e uma das divindades mais veneradas. Um esplêndido templo, o Partenon, surgia em sua honra na Acrópole de Atenas, a cidade que lhe era particularmente consagrada. Obra maravilhosa de Ictino e de Calícrates, o Partenon continha uma colossal estátua de ouro dessa deusa, de autoria do famoso escultor Fídias.
Hermes - Filho de Zeus e de Maia, o arauto dos deuses e fiel mensageiro de seu pai, nasceu numa gruta do monte Ciline, na Arcádia. Lodo que nasceu, fugiu do berço e roubou cinqüenta novilhas do rebanho de Apolo, em seguida, com a casca de uma tartaruga, construiu a primeira lira e com o som deste instrumento aplacou Apolo, enfurecido pelo furto; esse deus acabou por deixar-lhe as novilhas e deu-lhe o caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, n troca da lira. Zeus deu-lhe o encargo de levar os mortos a Hades, daí o epíteto de Psicompompo. Inventou, além da lira, as letras e os algarismos, fundou os ritos religiosos e introduziu a cultura da oliveira. Deus dos Sonhos, eram lhe oferecidos sacrifícios de porcos, cordeiros, cabritos... Seus atributos eram a prudência e a esperteza. Livrou Ares das correntes dos Aloídas, levou Príamo à tenda de Aquiles e matou Argos, guarda de Io. Era representado com um jovem ágil e vigoroso, com duas pequenas asas nos pés, um chapéu de abas largas na cabeça e o caduceu nas mãos.
Afrodite - A deusa mais popular do Olimpo grego, símbolo do amor e da beleza. Filha de Zeus e de Díone ou, segundo outra versão, nascida da espuma do mar na ilha de Chipre. Acompanhavam-na as Horas, as Graças e as outras divindades personificadoras do amor. Era esposa de Hefesto, porém amou Ares, Hermes, Dioniso, Poseidon e Anquises. Por seus amores com Ares, foi considerada também como divindade guerreira. A sede mais antiga de seu culto era a ilha de Chipre.
Hefesto - Deus do fogo, filho de Zeus e Hera. Trabalhava admiravelmente os metais e construiu inúmeros palácios de bronze, além da esplêndida armadura de Aquiles e o cetro e a égide de Zeus. Segundo uma tradição, nasceu coxo, pelo que sua mãe lançou-o do alto do monte Olimpo, foi recolhido por Tétis e Eurínome, com as quais permaneceu durante nove anos. Voltando ao Olimpo, ao defender Hera contra Zeus, este atirou-o do céu e, precipitando durante um dia inteiro, caiu na ilha de Lemos. Suas forjas, com vinte foles, foram depois do Olimpo colocadas no Etna, onde tinha os Ciclopes como companheiros de trabalho.
Hades - Senhor do reino subterrâneo. Acreditava-se que, com seu carro, viesse ao mundo para buscar as almas dos mortos. Possuía um capacete que o tornava invisível. Somente Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, porém, utilizou-se desse poder pouquíssimas vezes e, assim mesmo, a pedido da esposa. Era o deus das riquezas porque dominava nas profundezas da terra, de onde mandava prosperidade e fertilidade; era considerado um deus benéfico.
Poseidon - Depois que os Titãs foram derrotados por Zeus, na divisão do mundo coube-lhe a senhoria do mar e de todas as divindades marinhas. Tinha um palácio nas profundezas do mar, onde morava com sua esposa Anfiritre e seu filho Tritão. Sua arma era o tridente, com o qual levantava as ondas fragorosas, que engoliam as naus, e fazia estremecer o solo ou desperdiçar os recifes. Odiava Ulisses, por ele ter cegado o Ciclope Polifemo, seu filho. Foi inimigo de Tróia, depois que seu rei Laomendonte lhe negou a compensação pela construção das muralhas da cidade, ocasião em que mandou um monstro marinho para devorar Hesíon, filha do rei, que Héracles matou. Teve com Zeus, numerosos amores, todavia enquanto os filhos de Zeus eram heróis benfeitores, os de Poseidon eram geralmente gigantes malfazejos e violentos.
Ares - Deus da guerra, filho de Zeus e de Hera. Deleitava-se com a guerra pelo sei lado mais brutal, qual seja a carnificina e o derramamento de sangue. Inimigo da serena luz solar e da calmaria atmosférica, ávido de desordem e de luta. Ares era detestado pelos outros deuses, o próprio Zeus o odiava. Tinha como companheiros nas lutas Éris, a discórdia; Deimos e Fobos, o espanto e o terror, e Ênio, a deusa da carnificina na guerra. Amou Afrodite, da qual teve Harmonia, Eros, Anteros, Deimos e Fobos.
Dioniso - Filho de Zeus e de Sêmele, deus do vinho e do delírio místico. Em sentido mais geral, representava aquela energia da natureza que, por efeito do calor e da umidade, amadurece os frutos; era, pois, uma divindade benéfica. De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens. Teve um nascimento milagroso, com efeito, morrendo-lhe a mãe antes que tivesse o necessário desenvolvimento, foi recolhido pelo pai que o costurou numa de suas coxas e aí o conservou até que o garoto pudesse enfrentar a vida. Dioniso demonstrou muito cedo sua origem, divina: crescia livre, amante da caça e possuía o estranho poder de amansar as feras mais ferozes. Um dia, criou a videira e quis dar o vinho a todos os homens; para esse fim, empreendeu numa longa viagem, através de todas as terras, seguido por um cortejo de ninfas, sátiros, bacantes e silenos. Por onde passavam, os homens tornavam-se felizes. Na Frígia, concedeu ao rei Midas a faculdade de poder transformar em ouro tudo que tocasse. Na Trácia, o rei Licurgo tentou dispersas a comitiva: Dioniso indignado, cegou-o. Em Delos, concedeu às filhas do rei Ânio o poder de mudar a água em vinho. Casou-se com Ariadne, depois que esta foi abandonada por Teseu; as núpcias foram celebradas com suntuosidade e o casal subiu ao Olimpo sobre um carro puxado por panteras.
Divindades Siderais:
Helios - Filho de Hipérion e de Téia, titã por excelência, irmão de Selene e de Éos, personificação do Sol. Surgia todas as manhãs do Oceano para conduzir o carro do Sol, puxado por cavalos que expeliam fogo pelas narinas. Penetrava com seus raios em todos os juramentos. Mais tarde foi confundido com Apolo. O Colosso de Rodes foi uma estátua lhe consagrada.
Selene - Deusa da Lua, irmã de Helios e Éos, da família dos Titãs. Era uma linda deusa, de braços brancos, com longas asas, que percorria o céu sobre um carro para levar aos homens a sua plácida luz. Amou Endimião e foi, posteriormente, identificada com Ártemis.
Eos - Deusa que anunciava o dia. Era representada sobre o carro da luz, guiando os cavalos, com uma tocha na mão. Divindades dos Ventos:
Boreas - Filho de Astreu e de Éos, deus dos ventos do norte, morava na Trácia. Pertencia à raça dos Titãs e era irmão de Zéfiro, Euro e Noto. Raptou Orítia, com a qual casou e que lhe deu os filhos Cálais e Zetes.
Zefiro - Vento que sopra do Poente, anunciador da primavera e venerado como deus benéfico.
Euro - Vento que sopra do Oriente, dependente de Éolo.
Noto - O vento do Sul.
Eolo - Rei dos ventos, às vezes identificado com o filho de Poseidon e Arne. Morador das ilhas Eólias, acolheu amigavelmente Ulisses e seus companheiros e deu-lhes um odre em que estavam encerrados todos os ventos contrários à navegação Ítaca. Os companheiros de Ulisses, por curiosidade, abriram-no e os ventos desencadearam uma terrível tempestade que causou o naufrágio de quase toda a frota. Divindades das Aguas
Oceano - O mais velho dos Titãs, marido de Tétis, pai de todos os rios e das Oceânides. Era a personificação da água que envolve o mundo.
Nereu - Velho deus marinho, filho do Ponto e de Géia. tinha o dom da profecia e a faculdade de tomar várias formas. Era representado com os cabelos, sobrancelhas, queixo e peito cobertos por juncos marinhos e por folhas de plantas similares.
Proteu - Pastor das focas de Poseidon. Morava numa ilha próxima ao Egito e tinha o poder de metamorfosear-se em todas as formas que desejasse, não só de animais, mas também de plantas e de elementos, com a água e o fogo. Segundo Eurípedes, Proteu foi rei da ilha de Faros e, casando-se com Psâmate, teve os filhos Idoteu e Teoclímenes.
Ninfas - Filhas de Zeus, representavam as forças elementares da natureza. Moravam nos montes, nos bosques, nas fontes, nos rios, nas grutas, das quais eram potências benéficas. Viviam livres e independentes, plantavam árvores e eram de grande utilidade aos homems. Dividiam-se em Oceânides, Nereidas, Náiades, Oréades, Napéias, Alseidas, Dríades e Hamadríades.

Texto retirado da Internet

sábado, 27 de outubro de 2012

eros e psique 5

PSIQUÉ E A CAIXA DE PANDORA. A mulher em busca da fonte da juventude, da eterna beleza.

a lenda de eros e psique.



Fonte :

http://www.brasilescola.com/mitologia/cupido-psique.htm

O Cupido e Psiquê

 

Existia certo rei que tinha três filhas, a mais nova era a mais bela, sua beleza era extraordinária que até o vocabulário humano era incapaz de descrever. A fama de sua beleza era tão grande que pessoas de lugares vizinhos iam, em romaria, para vê-la e prestar-lhe homenagens que eram apropriadas somente à deusa Vênus. Os altares de Vênus estavam cada vez mais vazios, enquanto os homens voltavam devoção e atenção à jovem virgem.

      Vênus ficou muito ofendida com a exaltação da jovem mortal, que recebia homenagens consagradas somente aos poderes imortais. Muito irritada com aquela situação, a deusa Vênus decidiu fazer com que a jovem se arrependesse por sua beleza ilícita. Por esse motivo convocou seu filho, Cupido, travesso por natureza, e o importunou com suas reclamações. Mostrou-lhe Psiquê e disse: “Meu querido filho, quero que castigues aquela beldade insubordinada; conceda à tua mãe uma vingança tão doce quanto são amargos os danos que tem me causado. Infunde no peito daquela donzela insolente uma paixão por um ser desprezível, baixo e vil, para que colha, assim, uma mortificação tão grande quanto a glória e triunfo recebidos”.

      Então, Cupido preparou-se para obedecer às ordens de sua mãe. No jardim de Vênus havia duas fontes, uma de águas doces e outra de águas amargas. Cupido encheu dois jarros de âmbar, cada qual com água de uma das fontes e, voou em disparada em direção ao quarto de Psiquê, e a encontrou dormindo. Então, derramou algumas gotas da água amarga com a ponta de sua seta. Quando sentiu o toque, a jovem acordou, com o olhar na direção que Cupido se encontrava (embora estivesse invisível a ela). Cupido ficou tão surpreso que, na sua confusão, feriu-se com sua própria seta.

      Depois disso o único pensamento que vinha em sua cabeça era o de reparar o mal que tinha feito. Dessa forma, derramou algumas gotas aromáticas de alegria sobre todos os cachos dourados e sedosos da jovem. A partir daquele momento, Psiquê, desprezada por Vênus não poderia mais deleitar-se de nenhum benefício de sua beleza. De fato todos os olhares voltaram para ela, e todas as bocas elogiavam-lhe a beleza; porém nenhum rei, jovem da nobreza, ou mesmo plebeu apresentou-se para pedi-la em casamento. Suas irmãs mais velhas, já tinham se casado com dois príncipes reais há muito tempo, cansada de sua beleza que, embora provocasse abundância de bajulações, falhava em despertar o amor.

      Seus pais estavam muito preocupados com aquela situação, e temerosos que, involuntariamente, pudessem ter provocado à ira dos deuses, consultaram o oráculo de Apolo, e receberam a seguinte resposta: “A virgem não está destinada a ser noiva de nenhum mortal. Seu futuro marido a espera no topo da montanha. É um monstro que nem deuses nem homens podem resistir”. Mesmo desesperada com a previsão feita pelo oráculo, a jovem entregou-se ao seu destino, juntamente com seus pais e o povo da cidade, ela subiu a montanha, os que a acompanhava a deixaram só, e com o coração pesado retornaram para casa.

      Psiquê permanecia no topo da montanha, temerosa, com os olhos lacrimejando, quando o gentil Zéfiro suspendeu-a da terra e a carregou com muita facilidade até um vale florido. Pouco a pouco, seu espírito foi se acalmando e deitou-se na relva para dormir. Quando se despertou de seu sono, olhou à sua volta e viu um lindo bosque repleto de árvores magníficas. Caminhando pelo bosque avistou um lindo palácio, com sua frente oponente, lentamente ela foi adentrando ao lugar. A cada passo que dava ela se surpreendia com a beleza do Palácio, com suas ornarias, no momento em que admirava todos os tesouros que havia naquele lugar, ela ouviu uma voz, no entanto não via ninguém, e a voz dizia: “Soberana dama, tudo que vês é teu. Nós, cujas vozes ouves, somos teus servos e obedeceremos às tuas ordens com a maior atenção e diligência. Retira-te, pois, para teu quarto e repousa em teu leito e, quando tiveres descansado, poderás banhar-te. A ceia te espera no aposento adjacente, quando te aprouver ali te assentares.”.

      A jovem atendeu as recomendações dadas pelos seus servos invisíveis; após banhar-se e repousar-se, sentou no aposento próximo, lugar onde surgiu um banquete servido pelos servos invisíveis. Mas, Psiquê ainda não tinha visto o marido que lhe estava destinado. Ele aparecia somente à noite e desaparecia antes do amanhecer, porém suas manifestações eram repletas de amor e inspirou nela uma paixão semelhante. Diversas vezes a jovem pedia para que ele ficasse e a deixasse vê-lo, mas ele jamais consentia. Ele sempre dizia que preferia que ela o amasse e não que o adorasse como um deus por isso não queria que o visse, e que não tivesse dúvidas em relação ao amor que ele tinha por ela.

      Com o passar do tempo, as coisas deixaram de ser novidades e a felicidade já não estava presente em seu coração, pois sentia saudades de seus pais e de suas irmãs, além disso, nenhum deles sabiam como ela estava. Certa noite quando seu marido apareceu, contou-lhe a angústia que sentia e com custo conseguiu o seu consentimento para que suas irmãs pudessem lhe visitar. Na manhã seguinte Psiquê chamou Zéfiro, transmitiu as ordens dadas pelo marido e ele, obedecendo imediatamente buscou suas irmãs através da montanha, para o vale onde ficava o seu palácio. Ao chegar se abraçaram e Psiquê disse: Entrai em minha casa e disponde do que vossa irmã tem para vos oferecer. Então adentraram ao palácio, a jovem logo começou a mostrar os tesouros e as mordomias que o marido lhe dera.

       As irmãs fizeram inúmeras perguntas a Psiquê, entre outras, como era seu marido. A jovem respondeu que era um lindo rapaz, que durante o dia caçava nas montanhas. Não satisfeitas com a resposta, fizeram-na confessar que nunca o vira. Com isso começaram a encher o coração da jovem com diversas dúvidas, em especial sobre a aparência de seu marido, dizendo-lhe que o oráculo de Apolo anunciou que ela se casaria com um monstro horrível e tremendo. Elas disseram que ele estava tratando-a bem para devorá-la mais tarde.

       Aconselharam a jovem a se esconder e a se munir de uma lâmpada e uma faca e quando o marido estivesse dormindo profundamente, ela deveria sair de seu esconderijo e ver com seus próprios olhos a verdadeira aparência dele, e se fosse um mostro com o auxílio da faca lhe cortasse o pescoço. Psiquê resistiu o quanto pôde a tais conselhos, mas a dúvida afligia teu coração, então decidiu seguir os conselhos de suas irmãs. Esperou seu marido dormir e, munida de uma lâmpada e uma faca aproximou-se do rapaz, ao contrário do que imaginava, não havia um mostro horripilante, mas sim o mais belo e encantador dos deuses, com madeixas louras caindo sobre o pescoço cor-de-neve e as faces róseas, um par de asas nos ombros, mais brancas que a neve, de penas brilhantes como as flores da primavera. Quando baixou a lâmpada para poder vê-lo mais de perto, uma gota de óleo quente caiu no ombro do deus, que, acordou assustado e olhou para Psiquê. Sem falar uma palavra, ele abriu suas asas e voou pela janela, na falha tentativa que segui-lo jogou-se pela janela e caiu no chão. Cupido interrompeu seu vôo por alguns instantes e olhando para Psiquê estendida no chão disse: “Ó tola Psiquê, é desta forma que retribuis meu amor por ti? Após eu ter desobedecido às ordens de minha mãe e fazer-te minha esposa, tu me tomas por um monstro e tentas cortar-me a cabeça? Vá embora, retorna para tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo além de deixar-te para sempre. Pois o amor e desconfiança não podem conviver sob o mesmo teto”. Partiu, deixando Psiquê prostrada no chão a lamentar-se.

       Quando se sentiu um pouco melhor, olhou à sua volta, mas o palácio e todas suas maravilhas tinham desaparecido, e ela se viu num campo aberto não muito distante da cidade onde suas irmãs moravam. Foi até elas e lhes contou o que havia acontecido, as criaturas despeitadas, fingindo grande tristeza na verdade se deliciavam com aquela situação, pensando que poderiam ter uma chance com o Cupido.

       Com essa idéia em mente, e sem dizer uma palavra a respeito de suas intenções, cada uma delas se levantou bem cedo na manhã seguinte para ir até a montanha. Ao chegarem ao cume, cada qual invocou Zéfiro para recebê-la e levá-la até seu senhor. Após isso, se jogaram no espaço, mas não foram sustentadas por ele, caindo no precipício e morrendo despedaçadas.

       Enquanto isso Psiquê vagava sem comida nem repouso, dia e noite, à procura de seu amado. Quando de repente avistou uma majestosa montanha e em seu cume um templo maravilhoso, pensando que ali poderia encontrar seu amado, dirigiu-se até lá. Mal entrara, avistou montes de grãos, alguns ainda em espigas e outros em feixes, misturados com cevada, etc. Estava tudo bagunçado, então a zelosa Psiquê decidiu organizar aquela bagunça, separando e colocando cada coisa em seu devido lugar. Estava convicta de que não deveria negligenciar nenhum dos deuses, mas esforçar-se para que com sua devoção, conseguir com que intercedessem em seu benefício. A sagrada Ceres, a quem pertencia aquele templo, vendo-a tão religiosamente ocupada, resolveu ensiná-la a abrandar a ira de Vênus. E com os ensinamentos de Ceres, Psiquê partiu em direção ao templo de Vênus, esforçando-se por fortalecer seu espírito e pensamento sobre o que deveria dizer e qual a melhor maneira de se apaziguar com a deusa irritada. Vênus a recebeu com grande ira, mas resolveu dar uma lição em Psiquê lhe impondo algumas tarefas, se a jovem cumprisse corretamente cada tarefa poderia recuperar seu grande amor.

       Ela cumpriu cada tarefa designada, mas sempre contando com a ajuda de alguns deuses, inclusive do Cupido. No entanto, ela falhou na última, mas para sua felicidade seu marido veio lhe salvar. Após ajudar Psiquê em sua última tarefa, Cupido voou o mais rápido que podia, penetrando nas alturas celestiais, apresentou-se perante Júpiter com sua suplica. O deus decidiu defender perante Vênus o amor de Cupido e Psiquê, com sua veemência conseguiu a aprovação da deusa. Com isso, Mercúrio foi enviado para trazer a jovem à assembléia celestial e, quando ela chegou, entregaram-lhe uma taça de Ambrósia, para que ao tomar se tornasse imortal. Dessa forma, Psiquê e Cupido se uniram finalmente, em seu devido tempo tiveram uma filha a quem deram o nome de Prazer.

                           Fim    


 

 

 

Analise do mito


      Simbologia da história: Psiquê seria a alma humana, que é purificada pelas desgraças e sofrimentos, preparando-se, dessa forma, para desfrutar de pura e verdadeira felicidade.

 

Eros   é o modo de amar  masculino   - Amor  e Sexo , paixão .

Psiqué é o modo de amar  feminino   - Amor e sentimento, com a alma .

Ambos  se  completam  e  transformam o amor em algo sublime , divino ,  e foi  isso  que aconteceu  com  psique, a humana que se tornou a nova deusa  do amor.

                                        -----------------------------------------------------------

Eros e Psiqué 4


Eros e Psiqué 3


Eros e Psiqué 2


eros e psique 1


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

As 10 Classes Gramaticais




Revisão de Portugues  neste  final do ciclo II  8ª série/9º Ano

Classes de Palavras

A primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

Fonte:
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.

PSY letra grega , psiqué


capa, Eros e Psiqué


Mito de Eros e Psiqué


O mito de Eros e Psique

É de origem grega e foi descrito por Lúcio Apuleiro (150 d.C.) no romance "Metamorfoses".

O texto que segue é baseado nas obras de

        Brandão (1988) e Bulfinch (2000),

 encontrado no "Livro de Ouro da Mitologia"

e     em    "Mitologia Grega, v.2".


Psique  era uma linda princesa que tinha duas irmãs. Todas elas eram belíssimas e causadoras de muita admiração, assim, muitos vinham de longe apenas para vê–las. Psique, no entanto, era a mais nova e a mais bela. Com o passar do tempo, a linda ninfa começou a ser cultuada como própria encarnação de Afrodite, provocando, por isso, o esvaziamento dos templos da deusa. Cheia de ódio, Afrodite resolveu castigá–la, convocando seu filho Eros  para mais uma missão: "Vês aquela audaciosa beleza? Vinga sua mãe das injúrias recebidas. Infunde no peito daquela donzela uma paixão por algum ser baixo, indigno de sorte, que ela possa colher a grande mortificação" (Bulfinch, 2000, p.101).

As duas irmãs mais velhas de Psique, não tão belas, já haviam se casado com príncipes. Psique, no entanto, sendo ainda mais encantadora, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Vivia, portanto, em seus aposentos, amargando uma deplorável solidão. Seus pais, desorientados, foram buscar ajuda do oráculo de Apolo. Ao questionarem sobre o futuro da filha, receberam como resposta que Psique não foi destinada a ser esposa de um mortal, e, segundo ele, seu marido a esperava no alto da montanha. Assim, foram instruídos pelo oráculo a vestirem–na com roupas próprias de casamento e a deixá–la no alto de um rochedo onde um monstro horrível iria buscá–la.

O rei e a rainha se encheram de desânimo e entraram em desespero. Indagavam, entre eles, o triste fim para a tão bela e jovial filha. Psique, corajosa e certa de seu destino, disse a eles: "Por que lamentais, queridos pais, resigno–me ao meu fim, levai–me àquele rochedo a que me destinou meu desventurado destino" (Bulfinch, 2000, p.101). Obedecendo à profecia do oráculo, seus pais deixaram–na no alto de uma montanha. Tremendo de medo e sozinha no topo, a moça logo adormeceu.

Tudo estava de acordo com o que Afrodite havia planejado. Eros se aproximou para completar mais uma de suas missões. Não obstante, ao se deparar com tamanha beleza e formosura da mortal, ficou perturbado e feriu–se com sua própria seta, apaixonando–se no mesmo instante. Encantado, Eros mandou que Zéfiro (vento) conduzisse a bela que estava adormecida até seu palácio. Ao despertar, Psique se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com o lugar, percebeu que ali tudo era mágico. As portas se abriam para ela, vozes sussurravam a respeito de tudo o que precisava saber. Servos invisíveis cercavam–na e tudo faziam para agradá–la.

Já era noite quando a bela voltou aos seus aposentos, deitou–se e, na mais total escuridão, percebeu, ao seu lado, a presença de alguém. Pensou ela que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Naquela noite, Eros desposou–a com muita delicadeza e profundo amor. Advertiu–a de que seria o melhor dos maridos, mas que ela jamais poderia vê–lo, pois isso significaria perdê–lo para sempre. Psique, encantada pela noite de amor, concordou de imediato. Assim foram seus dias. A moça tinha tudo que desejava. Seu marido lhe dava a sensação do mais profundo amor e era extremamente carinhoso. Psique a cada dia o amava mais.

Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudade de seus pais e pediu permissão ao marido para visitá–los. O deus, através de sua onisciência, advertiu de que essa viagem traria péssimas conseqüências. No entanto, Psique suplicou–lhe permissão, argumentando não ter ninguém para falar ou ver durante o dia. Apaixonado, Eros não resistiu às súplicas e, mesmo correndo o risco de perdê–la, concedeu–lhe a graça de ver sua família. Zéfiros, da mesma forma que a havia conduzido ao palácio, levou3a ao reino de seus pais.

Psique, recebida com muita alegria, distribuiu muitos presentes a todos. Suas irmãs, ao verem–na tão bem, encheram–se de inveja e começaram a crivá – la de perguntas acerca do marido. Psique, inocentemente, contou–lhes que nunca tinha visto sua fisionomia. Essa resposta foi suficiente para que suas irmãs enchessem–na de medo, relembrando a história do oráculo que dizia ser seu marido um horrendo mostro. Por fim, convenceram–na de desmascará–lo ao contar que os camponeses e caçadores da região viam todas as noites, atravessando o rio vizinho em direção ao palácio, um monstro que, certamente, era o marido de Psique, e que apenas aguardava o momento oportuno para devorá–la, bem como a criança que esperava em seu ventre. Por essa razão, aconselharam–na que depois do pôr–do–sol ela deveria iluminar, cuidadosamente, o rosto da terrível criatura e, com um só golpe, cortar–lhe a cabeça antes que fosse devorada.

Evidentemente que a intenção de suas irmãs era apenas prejudicar Psique, já que ela havia feito a promessa a seu esposo e, se a mesma fosse quebrada, conseqüentemente, seu casamento também seria. No retorno para casa, transtornada, apavorada e sozinha, a curiosidade e o medo tomaram conta do coração humano da donzela; as histórias contadas por suas irmãs surtiram efeito.

Tão logo veio a noite, tomada pelas influências das duas princesas, Psique esperou que Eros adormecesse para acender uma vela e assim poder vê–lo. Surpreendentemente, ao se deparar com tão linda figura, perdeu–se em sonhos e ficou parada embevecida, admirando–o. Foi nesse instante que um pingo de cera fervente caiu sobre o peito de seu marido antes oculto, despertando–o bruscamente em razão da dor e da queimadura, que produziu uma grande ferida.

Decepcionado e magoado com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir sua promessa de outrora. Abandonada por Eros, sentindo a dor da perda do amor que havia desperdiçado, ficou profundamente infeliz. Psique, desesperada, atirou–se nas águas de um rio, que a devolveu ao solo. Então, passou a caminhar dia e noite sem repouso nem alimento, à procura do marido.

Aconselhada por Pã (deus dos rebanhos e dos pastores) a enfrentar as dificuldades de maneira produtiva, a princesa decidiu recuperar seu amado, tentando ultrapassar o ódio de Afrodite. Dirigiu–se à presença da deusa e, de forma humilde, modesta e submissa, pediu seu perdão. Afrodite, depois de torturá–la e insultá–la, infligiu a ela quatro missões, consideradas humanamente impossíveis. Psique, depois de suportar todas as torturas, aceitou as provas propostas com intuito de recuperar a vida e o amor de Eros.

Sua primeira prova foi separar por espécies, em uma única noite, milhares de grãos misturados em um enorme monte. A bela moça, diante de tão difícil tarefa, pôs–se a chorar de desespero e agonia, já que não haveria tempo suficiente para realizar tal missão. A solução foram as formigas que, vendo seu desespero, resolveram ajudá–la. Trabalhando incansavelmente, haviam cumprido a tarefa já ao anoitecer, sem maiores dificuldades.

A segunda prova que teria de realizar era trazer flocos de lã, polvilhados de ouro, pertencentes a ovelhas selvagens, agressivas e carnívoras. Disposta a fazer o que estivesse ao seu alcance, a bela foi à margem do rio a fim de jogar–se nele e alcançar a outra margem. Porém, o rio deus inspirou os juncos e plantas ribeirinhas a murmurarem súplicas para que ela não desafiasse a correnteza do rio e não enfrentasse os temíveis carneiros venenosos, enquanto o sol estivesse a pino. Aconselharam–na, então, a voltar ao anoitecer, pois o rebanho estaria recolhido e o espírito sereno do rio já estaria presente, assim poderia atravessá–lo com tranqüilidade e poderia pegar os muitos flocos de lã que permaneceriam presos à vegetação e, desse modo, ela poderia completar sua prova com segurança. E assim o fez. Logo depois, voltou à presença de Afrodite com o avental repleto de lã de ouro.

Afrodite, repleta de fúria com o sucesso de sua "nora", ordenou, como terceira prova, que buscasse as águas sagradas e escuras dos rios infernais. Ao mesmo tempo em que eram as mais perigosas da região, as águas alimentavam o rio infernal, guardado por dois dragões. Psique deveria encher um recipiente de cristal, depois de enfrentar os terríveis guardiões da fonte. Dessa forma, a esposa de Eros foi em direção à fonte, escalou com muito custo a montanha e viu então os dois enormes dragões rastejando sobre as pedras a cuidar da fonte. Essas criaturas jamais deixavam de vigiar as águas sagradas.

Diante da impossibilidade da realização da prova, ficou petrificada e com medo. Pensou em se matar. No entanto, Zeus, comovido, lembrou–se da grande ajuda de Eros há tempos e resolveu ajudá–la. Enviou–lhe sua águia que, tomando a jarra pelo bico, num vôo rápido, passou entre os dragões, encheu o recipiente de água e o devolveu a Psique. Ela, cheia de esperanças, voltou humildemente ao encontro de Afrodite para lhe entregar o jarro com água.

Finalmente, sua última prova, a mais difícil, era ir até Perséfone, no reinado de Hades, deus das profundezas do inferno, e pedir um pouco de juventude e beleza eterna, em nome da mãe de Eros. Psique, certa de seu fim, já que a única maneira de chegar às profundezas do inferno era por meio da morte, subiu ao alto de uma torre com o propósito de se atirar. A Torre, porém, falou com mansidão à Psique para que não recuasse ante a prova derradeira. Deu–lhe ânimo e instruiu–a acerca do caminho mais curto para atingir o mundo dos mortos, explicando–lhe, ao mesmo tempo, as precauções que deveria tomar na longa caminhada pelas trevas. Depois de ouvir com atenção as advertências da Torre, a moça foi adiante e entrou numa cavidade do chão, onde se encontrava a planície do palácio de Hades. Psique não podia ir de mãos vazias devido aos obstáculos que encontraria ao longo do percurso, por isso, levou na boca dois óbolos (moedas gregas) e em cada mão um bolo de cevada e mel. Além disso, teria de tomar muito cuidado, pois encontraria pelo caminho algumas tentações.

A primeira delas foi no meio do caminho. Era um homem que lhe pediu ajuda para apanhar alguns gravetos, lembrou–se, porém, da admoestação da Torre; não lhe deu ouvidos e seguiu seu caminho. Ao chegar no rio dos mortos, encontrou o barqueiro Caronte, a quem entregou as moedas que garantiriam sua passagem de ida e volta. No meio da travessia, Psique defrontou–se com a segunda tentação: um velho que lhe havia implorado ajuda para subir no barco. Entretanto, conforme as recomendações da Torre, não se deixou vencer pelo sentimento de piedade ilícita. Terminada a viagem de barco, avistou, à sua frente, o castelo, cujo guardião era um cão de três cabeças, o Cérbero. De acordo com as determinações da Torre, deu a ele um dos bolos para poder entrar e o outro guardou para a saída.

No interior do castelo, encontrou a terceira tentação; algumas velhas tecedeiras solicitaram sua ajuda, no entanto, não lhes deu atenção. Já no salão do palácio, a moça se deparou com Perséfone, que lhe ofereceu uma deslumbrante cadeira para descansar e iguarias apetitosas para saciar sua fome. A princesa recusou tudo, pois sabia que era mais uma das seduções. Por isso, sentou–se no solo e pediu apenas um pedaço de pão preto, e expôs a razão de sua visita. Depois de receber o pacote, voltou pelo mesmo caminho, passando, novamente, por todas as tentações, lembrando–se que dependeria somente dela curar e reencontrar Eros, seu grande amor.

Ao sair vitoriosa do mundo das trevas, uma grande curiosidade lhe assaltou o espírito. Para isso ela não havia se preparado, isto é, não esperava pela última, inesperada e pior das tentações. A Torre, sabiamente, aconselhou que não abrisse a caixa, em hipótese alguma. No entanto, sem conseguir dominar sua curiosidade humana, desejava saber qual era o segredo da juventude eterna. Sem esperar, abriu a caixa de Perséfone e caiu em sono profundo.

Eros, já quase recuperado de seu ferimento, foi encontrar sua amada, pois estava cansado de vê–la sofrer e passar por tantas provações. Chegando lá, após retirá–la do sono da morte, explicou como sua curiosidade poderia tê–la levado ao fim. Mesmo assim, o deus pediu que concluísse sua tarefa. Psique levantou–se e, cuidadosamente, levou a caixa para Afrodite, completando, com isso, todas as provas ordenadas por ela.

Finalmente, Eros implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão dos dois e do amor entre eles, e solicitou uma permissão especial para que pudessem se unir, pois até então os deuses do Olimpo nunca puderam se casar com mortais. Benevolente, Zeus advogou com muito empenho a favor dos enamorados e conseguiu consentimento dos outros deuses, até mesmo de Afrodite, para a união do casal. Psique foi chamada ao Olimpo para a assembléia celestial. Lá recebeu a benção de Zeus que também lhe concedeu a imortalidade.

Eros e Psique permaneceram juntos por toda a eternidade. Tiveram apenas uma filha, Prazer. Na linguagem dos mortais, chama–se Volúpia, que significa prazer dos sentidos e das sensações.


Trecho retirado de : Origem e significado do amor na mitologia greco–romana, de Ana Lúcia Nogueira Braz. Fonte - Scielo.

Postado por Van Mortícia às 3/22/2009

Marcadores: amor, eros, psique